segunda-feira, 28 de junho de 2010

Alunos do PDC participam de ação na Comunidade Asa Branca

Texto: Paula Bronzeado Revisão: Vívian Maitê

No último sábado (19/6), os alunos do PDC participaram de uma ação "multirão" na comunidade Asa Branca, próxima ao Parque Arruda Câmara. Durante a atividade, os participantes aprenderam a fazer o reboco ecológico de solo-cimento e pintaram cinco casas da comunidade com a geo-tinta.

Além da disposição dos alunos, a atividade contou com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e com a participação do diretor do Parque Arruda Câmara (Bica), Edilson Batista.

No domingo, o permacultor Marcos Neimar ministrou o módulo de Design e detalhou algumas técnicas de planejamento. Ele também ressaltou a importância de compreender e identificar os padrões e processos naturais e seus respectivos elementos e funções dentro da área em que se pretende trabalhar. Por meio de croquis ilustrativos, o permacultor mostrou a influência de indicadores de paisagem, topografia, clima e microclima no design da área.

“Mais importante do que ter um mapa da área, é observar os efeitos da natureza para construir e trabalhar com ela”, afirmou Marcos Neimar.

No próximo sábado (3/7), último final de semana do curso, os alunos irão desenvolver um exercício de design, apresentando um projeto permacultural para o Centro de Educação Ambiental. Ao fim do dia, receberão os certificados e materiais digitalizados para futuras pesquisas.



quarta-feira, 16 de junho de 2010

Continua a parte prática do 1º curso de Design em Permacultura (PDC) da Paraíba

Texto:Paula Bronzeado
Revisão: Vivian Maitê
Fotos: Leandro Cunha

Coleta de sementes, fabricação de mudas, meliponicultura, telhado verde e Sistemas Agroflorestais (SAFs) foram as principais atividades desenvolvidas durante o 3º final de semana do PDC, promovido pela Semam. Os alunos também aprenderam a construção de fornos solares e produtos fitoterápicos.

Em visita ao Viveiro Municipal de Plantas Nativas de João Pessoa, os alunos aprenderam técnicas de armazenamento de sementes, semeadura, manejo, adubação e uso de biofertilizantes. Também conheceram o projeto Meliponário Didático, coordenado pelo ecólogo do viveiro, Jerônimo Villas-Boas.

















De acordo com ele, o projeto capacita e dá susbsídios a pequenos produtores rurais e multiplicadores que atuem na extensão rural. “O projeto trabalha com as abelhas Uruçu, nativas da região e sem ferrão, reintroduzindo esta espécie em seu habitat e complementando a renda de agricultores familiares”, explica.






Os alunos aprenderam técnicas para o controle de pragas, transplantios de mudas e como fazer e utilizar o composto orgânico. O coordenador do viveiro, Professor Dr. Vicente Félix detalhou a técnica de rapel na coleta das sementes, e a quebra de dormência das mesmas por meio de biofertilizantes, processos desenvolvidos por ele e sua equipe.

Telhado Verde

Ainda no sábado, o permacultor Neimar Marcos e os participantes finalizaram a construção de um telhado verde. Os participantes tiveram o contato prático com ferramentas, lona de isolamento, técnicas de hipermeabilização e manejo da grama para o telhado.






A estrutura foi construída ao lado da Escola do Meio Ambiente (EMA) e, além de ser o teto da composteira da escola, também será unidade demonstrativa de Permacultura no projeto ecopedagógico desenvolvida pela EMA.




Movimento SOS Rio Cuiá

No domingo os participantes visitaram a sede do Movimento SOS Rio Cuiá, contemplado pelo programa “ João Pessoa Verde para o Mundo” , iniciado em 2006** e promovido pela Semam.

De acordo com Alexandre Jorge, coordenador do Movimento, o objetivo é recuperar a área degrada no entorno do Rio Cuiá, por meio da educação ambiental , e com isso resgatar o direito ao uso da água e inserir o manejo sustentável.

Anderson Fontes, chefe da Divisão de Botânica da Semam, acrescenta que o programa "João Pessoa Verde para o Mundo" atende toda a capital e tem como objetivo realizar ações de distribuição de mudas nativas e arborização urbana, visando a recuperação de áreas degradadas e a proteção ambiental.

Durante o domingo, o técnico florestal da Emater, Robby Taboka apresentou as principais linhas, funções e objetivos de modelos de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Segundo o técnico, a agrofloresta é um sistema produtivo e não apenas ecológico, apesar de atender diversas funções de proteção ambiental.

“Uma das principais funções dos SAFs é manter recursos e gerar renda para agricultores familiares, sem agressão ao meio ambiente, trabalhando com a estabilidade natural de um sistema de policultivo”, ressalta. Após a parte teórica, os alunos iniciaram a implementação de um SAF no entorno da bacia do Rio Cuiá.

Na parte da tarde, o permacultor Neimar Marcos ensinou a produção de forno solares e técnicas de fitoterapia. Durante a aula, foi produzido um extrato medicinal de ervas.

O próximo módulo do curso irá tratar de métodos de design, geotinta e técnicas de solo-cimento. Lembrando que no domingo o curso está programado para ser finalizado às 13:00h, devido ao jogo do Brasil na Copa.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Palestra Introdução à Permacultura no campus da UFPB, em Areia-PB

É com muito entusiasmo e alegria que os estudantes e integrantes do Movimento Agroecológico de Areia convidam todos a comparecerem na palestra sobre Introdução à Permacultura. O palestrante é Neimar Marcos, permacultor e diretor do Centro de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam). O evento ocorrerá nesta quarta-feira, dia 16 de junho, às 19:30h no prédio central (salão nobre) do campus II da UFPB, em Areia.


TOD@S estão convidad@s a particiarem e contribuirem nos projetos que estão sendo desenvolvidos relacionados à Permacultura e Agroecologia em Areia.


*Neimar Marcos

É permacultor e possui graduação em Licenciatura Plena em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (2006). Foi coordenador do Departamento de Permacultura e Design de Ecovilas na Eco-vila itinerante Caravana Internacional arco-íris por la Paz ( México), Educador Ambiental no Centro Ecopedagógico Bicho do Mato (Recife), e Coordenador Geral da Estação de Permacultura Aldeia 2012 (Goiás). Tem realizado pesquisas, proferido palestras e ministrado cursos de Permacultura, Design de Ecovilas e Sustentabilidade para ONG's, Escolas , Insitutos e Universidades públicas e privadas em vários estados do Brasil.Atualmente é diretor do departamento de Educação Ambiental da Semam.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Como funcionam as construções com terra e adobe

Super Adobe
por Fernando Bussoloti

Esta técnica ganhou notoriedade em 1984 quando a Agência Aeroespacial Norte Americana (NASA), promoveu um simpósio (Lunar Bases and Space Activies of the 21º Century) reunindo arquitetos e engenheiros para discutir a viabilidade de se construir na Lua.

Criado por Nader Khalili, arquiteto iraniano radicado nos Estados Unidos, o super adobe surpreendeu por evitar que grandes quantidades de material tivessem que ser levados ao espaço.

Como todas as técnicas de construção com terra, o super adobe traz um excelente conforto interno e evita grandes extorsões ao meio ambiente na hora de construir. Por ser uma construção rápida, Nader Khalili dizia que esta técnica seria ideal para se fazer refúgios em países desolados com guerras e catástrofes naturais.

O super adobe é uma técnica simples, que não necessita mão-de-obra especializada, sendo também uma ótima opção para construir residências populares. Ela utiliza sacos de propileno preenchidos com a terra, que são sobrepostos e moldam o formato das paredes e da cobertura.

Enchidos com a mistura de solo, os sacos de polipropileno são empilhados e as paredes ganham forma.

Em seguida ao posicionar cada fiada, passa-se com um pilão para acrescentar a mistura.




Proteção contra a umidade do solo: ideal neste tipo de construção e ergue-la com pedras ou concreto para proteger a base de alvenaria.

Os sacos devem ter no mínimo 40 cm de largura, para as paredes serem resistentes.

Marcadores definem os espaços para batentes de portas e janelas. E empilhando corretamente cercam-se os espaços para vedação.

A cobertura pode ser feita com ripas de madeiras e telhas na forma convencional ou simplesmente utilizar os sacos com solo e fechar a construção como um iglu.


Para finalizar, a construção com super adobe deve contar com a regularização das paredes e se for o caso a cobertura. Para isso, utiliza-se uma mistura de barro que foi ensacado, mas desta vez mais úmido. Com cuidado, é necessário preencher todas as frestas.


Para saber mais sobre outras técnicas de construções com terra, clique aqui

* postado por Paula Bronzeado

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Foram iniciadas as aulas práticas do 1º PDC da Paraíba.

Paula Bronzeado e Vivian Maitê
Fotos: Leandro Cunha

No último final de semana, durante as aulas práticas do Curso de Permacultura os participantes aprenderam a produzir tijolos ecológicos de adobe, biofertilizantes, horta mandala, plantio de mudas e ainda vivenciaram o mercado de trocas solidárias.



As aulas teóricas abordaram o tema da Agroecologia, Água e Energias Renováveis. Segundo o professor Vicente Felix, coordenador do Viveiro de Plantas Nativas da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), a agroecologia se baseia nas dinâmicas da natureza, como a sucessão natural que permite a restauração do solo sem o uso de fertilizantes e o cultivo sem agrotóxicos.

O permacultor e coordenador do Centro de Educação Ambiental da Semam, Neimar Marcos, detalhou técnicas de captação da água da chuva e de tratamento da água, utilizando filtros biológicos, zona de raízes e lagoa de estabilização, fossa séptica, entre outras tecnologias sociais de baixo custo e muita criatividade.




No domingo, Neimar abordou a temática das diversas fontes de energias alternativas que podem ser adequadas a um sistema permacultural, entre elas a eólica, a solar e a proveniente da água, como a hidráulica e maremotriz.

No próximo final de semana as aulas práticas começam com uma visita ao Viveiro Municipal de Plantas Nativas, que englobará uma explanação sobre a tecnologia social da produção de mel com abelhas nativas (meliponicultura). Na seqüência os temas abordados serão os Sistemas Agroflorestais (SAFs), Forno Solar e Telhado Verde, e a prática de agrofloresta será realizada na comunidade Santa Bárbara, ação conjunta com o Movimento Social SOS Rio Cuiá. Serão realizadas prática de plantio em áreas degradadas.